Hoje, o sol nasceu mais opaco, as nuvens parecem mais pesadas, e o mundo da cultura pop está mais triste. A notícia da partida de Akira Toriyama, o gênio por trás de Dragon Ball e Dr. Slump, me abalou. É como se um amigo de longa data tivesse partido, deixando um vazio imensurável em meu coração.
Recordo-me dos dias de minha infância, quando meus pais, seguindo suas tradições japonesas, alugavam fitas de desenhos animados e doramas. Entre todas as fitas, havia uma constante: Dragon Ball. Aquelas tardes, reunidos em frente à televisão, eram mágicas. Cresci ao lado de Goku, Vegeta, Kuririn, Gohan e Piccolo, testemunhando suas batalhas épicas e jornadas inesquecíveis.
As sagas se desdobravam diante dos meus olhos, desde a luta contra Freeza até a batalha contra Majin Boo. Mesmo com o atraso típico da época, quando a Internet ainda não era uma realidade, cada episódio era uma pérola preciosa, enviada do Japão para o Brasil através de fitas VHS, embaladas com comerciais japoneses e promessas de emoção.
Minha devoção por Dragon Ball só crescia. Lembro-me vividamente das minhas idas à Liberdade, bairro oriental de São Paulo, acompanhando meus pais para adquirir os tankobon. Cada volume era uma conquista, um portal para um universo de aventura e amizade.
Hoje, olho para minha coleção de 42 tankobon, a maioria na primeira edição, e percebo o quanto essa jornada moldou minha vida. Dragon Ball não é apenas uma série de mangá; é um legado que permeia minha história, tocando cada aspecto da minha jornada desde a infância até a fase adulta.
Akira Toriyama, hoje presto minha mais profunda gratidão a você. Sua criatividade, imaginação e habilidade de criar mundos cativantes mudaram vidas, incluindo a minha. Seu legado transcende o tempo e o espaço, vivendo eternamente nos corações dos fãs ao redor do mundo.
Adeus, mestre Toriyama. Sua obra continuará a inspirar e encantar gerações futuras, como fez com a minha. Obrigado por tudo.
Com sincera gratidão,
Alexandre M
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